Estados Unidos e Irã retomaram as conversações sobre o programa nuclear de Teerã neste sábado (19) em Roma, com Omã atuando como mediador. Os diálogos ocorrem uma semana após um primeiro encontro em Mascate, considerado construtivo por ambas as partes, que não mantêm relações diplomáticas desde 1979. O enviado americano para o Oriente Médio e o chanceler iraniano participaram das discussões, que acontecem sob a ameaça de ações militares por parte de Washington caso um acordo não seja alcançado.
O Irã insiste que seu programa nuclear tem fins civis, mas a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) alertou que o país está próximo de obter armamento atômico, com urânio enriquecido a 60%. Desde que os Estados Unidos saíram do acordo multilateral de 2015, o Irã tem flexibilizado seus compromissos, aumentando as tensões. Enquanto isso, o governo americano reforçou sanções econômicas e manteve a pressão sobre Teerã, embora tenha sinalizado disposição para negociar.
As negociações ocorrem em um clima de desconfiança, com autoridades iranianas expressando dúvidas sobre as intenções dos Estados Unidos. Apesar disso, ambos os lados demonstraram interesse em continuar o diálogo, que é visto como crucial para evitar uma escalada de conflitos. A comunidade internacional, incluindo países europeus, acompanha de perto os desdobramentos, enquanto a AIEA reforça a urgência de se chegar a uma solução diplomática.
