Pela primeira vez desde a eleição de Donald Trump, representantes dos Estados Unidos e do Irã se reuniram para discutir um possível novo acordo nuclear. O encontro, mediado pelo governo de Omã, ocorreu de forma indireta, com as delegações em salas separadas e a troca de mensagens conduzida pelo ministro das Relações Exteriores omanense. O chanceler iraniano confirmou a conversa, mas não divulgou detalhes sobre os resultados, apenas que as negociações devem continuar na próxima semana.
O foco das discussões inclui a redução de tensões regionais, a possível troca de prisioneiros e um alívio limitado das sanções econômicas contra o Irã, em troca de controles sobre seu programa nuclear. Omã, conhecido por seu papel discreto na diplomacia, já mediou acordos semelhantes no passado. No entanto, o Irã demonstra cautela, especialmente devido às ameaças anteriores de Trump e ao ceticismo em relação a um consenso.
O acordo nuclear de 2015, que limitava o enriquecimento de urânio pelo Irã, foi abandonado pelos EUA em 2018. Atualmente, o país possui estoques de urânio enriquecido a 60%, próximo do nível necessário para armas nucleares. Especialistas acreditam que o Irã pode exigir permissão para enriquecer urânio até 20%, mas ainda não está claro se as partes chegarão a um entendimento.