Enquanto as negociações com os Estados Unidos sobre as tarifas impostas por Donald Trump evoluem lentamente, o Brasil está intensificando esforços para fortalecer parcerias com China, Europa e países do Brics. Nesta quarta-feira (16), a vice-ministra da Receita da China se reuniu com o Ministério da Agricultura brasileiro para discutir oportunidades no agronegócio. Além disso, na quinta-feira (17), ocorrerá em Brasília uma reunião preparatória dos ministros da Agricultura do Brics, grupo que terá sua cúpula no Brasil ainda este ano.
Na próxima semana, uma missão brasileira seguirá para a Europa com o objetivo de acelerar as tratativas do acordo entre Mercosul e União Europeia. O ministro da Agricultura destacou que, embora as relações com os EUA estejam difíceis, o país não pode deixar de explorar novas oportunidades. As discussões com os americanos, por enquanto, concentram-se nas tarifas de 25% sobre aço e alumínio, enquanto as tarifas recíprocas de 10% sobre produtos brasileiros sequer foram abordadas.
O governo brasileiro busca a criação de cotas de exportação isentas de tarifas, como vigorava antes das medidas de Trump. Embora haja abertura técnica nos EUA para flexibilizar as regras do aço e alumínio, as incertezas persistem em outras áreas. O Itamaraty afirma que nem os técnicos americanos têm clareza sobre como ficarão as tarifas recíprocas, deixando as negociações em um impasse.