O governo do Estado de São Paulo e a Prefeitura da capital anunciaram que negociarão uma compensação para os 38 comerciantes da Favela do Moinho, última comunidade remanescente no centro da cidade. A área, considerada de risco, já teve 86% dos moradores aderirem voluntariamente ao plano de realocação, mas os comerciantes—muitos dos quais também residem no local—ainda enfrentam incertezas. Um grupo de trabalho será formado para discutir as condições de reassentamento, com foco em garantir que possam reiniciar suas atividades em outros locais.
A Favela do Moinho, situada em terreno da União, abriga 821 famílias, das quais 719 já iniciaram o processo de saída. Enquanto 558 estão aptas a receber novas moradias, questões como auxílio financeiro e realocação no centro—onde muitos trabalham—permanecem em discussão. O secretário de Desenvolvimento Urbano destacou a necessidade de diálogo com a União para definir o futuro da área, que já sofreu incêndios e é considerada vulnerável a atividades criminosas.
Apesar do avanço nas negociações, alguns moradores criticam a insuficiência das propostas, especialmente para quem deseja permanecer na região. Protestos e tensões com a polícia marcaram o processo, embora a mediação da CDHU tenha evitado conflitos maiores. Enquanto isso, famílias começam a ser transferidas para alojamentos temporários, aguardando a conclusão das unidades habitacionais definitivas.