Professores municipais de São Paulo decidiram manter a greve durante assembleia realizada nesta terça-feira (22), após rejeitarem a proposta da prefeitura de reajuste salarial de 2,6% em 2025 e 2,55% em 2026. A categoria, representada por sindicatos que congregam cerca de 70 mil profissionais, ocupou o Viaduto do Chá e seguiu para a Avenida Paulista, onde permaneceu até as 15h. Entre as principais reivindicações estão reajustes acima da inflação, a incorporação de abonos complementares aos salários e melhores condições de trabalho, incluindo a redução da jornada para funcionários como inspetores e merendeiras.
A prefeitura ingressou na Justiça para que as escolas funcionem com pelo menos 70% dos profissionais, sob pena de multa diária de R$ 10 mil por sindicato. O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) concedeu liminar favorável ao município, mas a categoria planeja novas mobilizações para quarta-feira (23), quando a proposta salarial será avaliada na Câmara de Vereadores. Uma nova assembleia está marcada para quinta-feira, no legislativo municipal.
Além do debate salarial, os professores também cobram o fim de uma contribuição previdenciária de 14%, considerada abusiva, e medidas de prevenção à saúde. O movimento ocorre em um contexto de tensão entre servidores e governo municipal, com possibilidade de votação em sessão extraordinária nos próximos dias.