A morte do escritor peruano Mario Vargas Llosa, vencedor do Prêmio Nobel de Literatura em 2010, gerou uma onda de homenagens em todo o mundo. O governo do Peru decretou luto nacional no dia 14 de abril, com bandeiras a meio mastro em instituições públicas, enquanto a presidente Dina Boluarte destacou seu legado intelectual como “imperecível”. Personalidades como o presidente da Guatemala, Bernardo Arévalo, e o ex-mandatário colombiano Álvaro Uribe celebraram sua obra como fundamental para a América Latina, classificando-o como “mestre da palavra” e “gênio das letras”.
Reações internacionais também vieram de países como Estados Unidos, Espanha e França. O subsecretário de Estado americano, Christopher Landau, ressaltou a universalidade de seus temas, enquanto o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, o chamou de “mestre universal da palavra”. Na França, onde Vargas Llosa foi o primeiro autor sem obra original em francês a ingressar na Academia Francesa, o presidente Emmanuel Macron elogiou seu combate ao fanatismo e sua defesa da liberdade.
A Fundação Gabo, criada por Gabriel García Márquez, e a editora Alfaguara também prestaram tributos, destacando seu papel no boom literário latino-americano. Apesar do fim turbulento de sua amizade com García Márquez, Vargas Llosa deixou um legado literário inquestionável, com obras que continuarão a inspirar leitores e escritores. Sua morte, aos 89 anos, encerra uma trajetória marcada pela paixão pela literatura e pela exploração da condição humana.