A morte repentina de uma mulher saudável e cheia de vida deixou amigos e familiares perplexos, sem entender o motivo de seu falecimento. Seu filho, de forma breve e respeitosa, explicou que ela sofreu uma parada cardíaca sem causa aparente, atendendo ao desejo dela de evitar curiosidades desnecessárias em velórios. A mulher, que sempre desprezou mortes consideradas “bestas” ou evitáveis, acreditava que uma vida bem vivida merecia uma morte digna, sem obsessões sobre o fim.
Ela era conhecida por seu espírito aventureiro, hábitos saudáveis e uma postura despreocupada diante dos riscos da vida. Apesar de suas viagens solitárias e atividades potencialmente perigosas, nunca sofreu acidentes graves. Ironia do destino, morreu tranquilamente dormindo, após anos de vivacidade e experiências intensas. Sua filosofia era clara: existir já é um risco, e melhor viver plenamente do que temer a morte.
Em seu velório, um amigo lembrou de um poema escrito por ela, que pedia sinceridade e proibia falsas homenagens de quem não compartilhou verdadeiramente de sua vida. Sua música preferida, da Rita Lee, ecoava sua crença de que amar demais poderia levar a um coração exausto — e foi assim que partiu, feliz e deixando saudades. A história reforça que, no fim, o que importa é viver com intensidade, sem medo do inevitável.