Uma mulher de 27 anos afirma ter sofrido sequelas neurológicas permanentes após uma cirurgia plástica para colocação de próteses de silicone em uma clínica particular na zona norte do Rio. Ela relata ter acordado da cirurgia sem enxergar, ouvir e com paralisia da cintura para baixo. O caso, ocorrido em julho de 2024, está sendo investigado pela Polícia Civil, que já solicitou documentos do hospital onde o procedimento foi realizado.
A paciente, que investiu cerca de R$ 20 mil no procedimento, incluindo exames e hospedagem, afirma que não recebeu explicações claras sobre as complicações. Um laudo médico aponta que houve um quadro neurológico grave, com perda de audição, visão reduzida e paraplegia. Após a cirurgia, ela foi transferida para um hospital público, onde retirou as próteses e enfrentou necrose na região dos seios, necessitando de enxertos.
O hospital envolvido declarou que a médica responsável atuou de forma independente, sem vínculo técnico ou administrativo com a unidade, e que toda a responsabilidade pré e pós-cirúrgica era do profissional. A médica, por sua vez, negou qualquer falha, afirmando ter seguido todos os protocolos e prestado assistência por mais de 30 dias após o procedimento. A investigação continua em andamento para esclarecer as circunstâncias do caso.