Movimentos de moradores de favelas e familiares de vítimas da violência policial estão mobilizados em defesa da ADPF 635, ação proposta em 2019 pelo PSB para reduzir a letalidade em operações policiais no Rio de Janeiro. O coletivo Coalizão ADPF das Favelas acompanha o julgamento no STF e cobra medidas como transparência nas ações policiais, uso de câmeras em fardas e proteção a grupos vulneráveis. O grupo também organizou uma vaquinha online para levar representantes a Brasília, reforçando o lema “Nenhuma decisão sobre nós, sem nós!”.
Entre as demandas estão a implementação de um plano efetivo para diminuir mortes em operações, diretrizes para investigar homicídios cometidos por policiais e a presença de socorristas durante ações. Relatos de mães que perderam filhos em operações destacam a disparidade no tratamento policial entre favelas e áreas mais ricas, com denúncias de truculência e impunidade. Casos como o de um adolescente morto em 2023 e outro em 2014 ilustram a lentidão na Justiça e a falta de accountability.
A mobilização busca pressionar o STF a garantir que operações policiais respeitem a legalidade, evitando que mais famílias sofram com a violência estatal. As ativistas argumentam que práticas abusivas, como tortura e execuções, persistem nas periferias, evidenciando uma desigualdade no acesso à Justiça. A cobrança por transparência e regulamentação é vista como essencial para mudar esse cenário.