O Movimento Sem Terra (MST) realizou ocupações em 11 propriedades rurais durante o fim de semana, em estados como Minas Gerais, São Paulo e Nordeste, como parte do chamado Abril Vermelho. O grupo pressiona por avanços na reforma agrária, reivindicando o assentamento de 100 mil famílias acampadas no país. Enquanto isso, o Ministério do Desenvolvimento Agrário afirmou que retomou políticas paralisadas no governo anterior, com metas de assentar 29 mil famílias até o fim do ano.
O governo federal sinalizou compromisso com a causa, destacando a inauguração de novos assentamentos e a promessa de destinar lotes para famílias sem terra. No entanto, líderes do MST criticam o ritmo lento das desapropriações e cobram maior agilidade. A tensão reflete o desafio de equilibrar demandas históricas do movimento com a capacidade de execução das políticas públicas.
As ocupações ocorrem em um contexto simbólico, marcando o aniversário do massacre de Eldorado dos Carajás. Em uma das ações recentes, o MST ocupou uma usina em São Paulo, alegando crimes ambientais, e uma fazenda em Minas Gerais, onde mais de 600 famílias reivindicam a desapropriação para reforma agrária. O movimento segue como um ator central no debate sobre a distribuição de terras no país.