O movimento “A economia de Francisco” (EoF), criado por jovens economistas, empreendedores e pesquisadores, busca transformar o sistema econômico global, priorizando dignidade humana, justiça social e sustentabilidade ambiental. Inspirado pelo papa Francisco, que defendia uma economia a serviço da vida e não do lucro, o grupo atua em mais de 20 países, incluindo o Brasil, com projetos de educação, empreendedorismo e eventos globais. O movimento surgiu após um convite do pontífice em 2019, incentivando as novas gerações a repensarem modelos econômicos excludentes e predatórios.
Com base em 12 pilares, como transição energética, inclusão de mulheres e combate à desigualdade, o EoF promove iniciativas como academias de pesquisa, escolas online e apoio a negócios alinhados a seus princípios. Em 2022, os participantes assinaram um pacto com o papa, comprometendo-se a construir uma economia que não deixe ninguém para trás, valorize o trabalho digno e proteja o meio ambiente. O movimento também organiza eventos anuais para discutir práticas mais justas e sustentáveis, como um encontro global previsto para novembro de 2025.
O papa Francisco, frequentemente associado a críticas ao capitalismo selvagem, reforçou em seus discursos e escritos a necessidade de uma economia que sirva às pessoas, não aos mercados. Em sua visão, a Igreja e os cristãos devem priorizar os pobres, sem que isso seja confundido com ideologias políticas. O legado do pontífice, que faleceu em 2024, continua a inspirar o movimento, que busca conciliar desenvolvimento econômico com valores humanos e ambientais.