Uma adolescente de 14 anos, moradora de Caieiras, na Grande São Paulo, perdeu parte da perna após ser picada por um mosquito-palha durante uma atividade escolar em fevereiro de 2022. O incidente ocorreu em uma área de mata no Parque Estadual do Juquery, local conhecido pela presença de insetos. A jovem começou a sentir dores e apresentou pus no local da picada, sendo hospitalizada 15 dias depois. Após 49 dias internada, ela teve 30% da panturrilha esquerda amputada devido à leishmaniose, doença transmitida pelo mosquito.
A leishmaniose é causada por um protozoário carregado pela fêmea do mosquito-palha, que tem hábitos noturnos e mede apenas 2 a 3 milímetros, capaz de atravessar telas comuns. A doença, comum em países tropicais como o Brasil, começa com úlceras na pele e febre, podendo ser fatal se não tratada. A prevenção inclui o uso de repelentes, telas mosquiteiras finas e a manutenção de jardins limpos, já que o inseto se alimenta de matéria orgânica em decomposição.
Mosquitos são considerados os animais mais mortais do mundo, causando 725 mil mortes anualmente, superando cobras, tubarões e outros predadores. Além da leishmaniose, transmitem doenças como dengue, febre amarela e malária. Historicamente, até mesmo estratégias de guerra utilizaram mosquitos para disseminar doenças entre tropas inimigas, como ocorreu durante a Revolução do Haiti. O caso da adolescente serve como alerta para os riscos desses insetos e a importância de medidas preventivas.