O monitoramento emocional, hábito de ajustar constantemente o comportamento para gerenciar o humor do parceiro, pode prejudicar a dinâmica dos relacionamentos, segundo análise publicada na Forbes. Apesar de surgir de preocupação genuína, essa prática silenciosa transforma um dos parceiros em “gerente emocional”, reduzindo a autenticidade e a conexão. Com o tempo, a relação deixa de ser baseada em confiança mútua e passa a girar em torno de vigilância e controle sutil, corroendo a autonomia e a intimidade.
Entre os principais problemas identificados estão a hipervigilância emocional, que substitui o afeto por um estado de alerta constante, e a falsa sensação de controle, que mascara ansiedades e gera ressentimentos. Pesquisas citadas no artigo mostram que pessoas com apego ansioso tendem a adotar estratégias de controle, prejudicando a segurança emocional do casal. Além disso, o padrão enfraquece a resiliência individual, criando dependência mútua em vez de crescimento.
Como alternativa, o psicólogo Mark Travers sugere substituir a vigilância por conversas intencionais, priorizando a presença e a aceitação das emoções do parceiro sem tentar “consertá-las”. A verdadeira intimidade, ele argumenta, surge quando ambos se sentem livres para expressar suas vulnerabilidades, navegando juntos pelas oscilações emocionais. O artigo reforça que relacionamentos saudáveis dependem não do controle, mas da confiança e do respeito ao espaço emocional de cada um.