A pequena comunidade católica da Mongólia expressou profunda tristeza e gratidão após a morte do papa Francisco, relembrando sua visita histórica ao país em 2023 como um gesto de inclusão e diálogo. Francisco, o primeiro pontífice a pisar na Mongólia, onde o budismo é majoritário, dedicou sua viagem de quatro dias ao intercâmbio inter-religioso e ao apoio aos cerca de 1.400 fiéis locais. Durante uma missa de réquiem na Catedral de São Pedro e São Paulo, em Ulaanbaatar, os paroquianos homenagearam o papa com velas e flores, destacando seu impacto pessoal e espiritual.
O cardeal Giorgio Marengo, prefeito apostólico de Ulaanbaatar, ressaltou que a visita de Francisco simbolizou o reconhecimento dos esforços missionários e da fé dos mongóis, independentemente do tamanho da comunidade. Freiras e fiéis locais, como a irmã Salvia, enfatizaram que o papa demonstrou que “não é uma questão de números”, mas sim de valorizar cada indivíduo. Sua homilia, que incentivava os católicos a se manterem próximos do povo, continua a inspirar as paróquias mongóis.
Além dos católicos, líderes budistas e o primeiro-ministro mongol prestaram tributo a Francisco, destacando seu papel como promotor da paz e da unidade. O Mosteiro Gandantegchinlin, principal templo budista do país, expressou condolências, enquanto o governo lembrou o pontífice como “um amigo próximo do povo mongol”. Em meio à dor, os fiéis mantêm viva a mensagem de esperança e compaixão deixada pelo papa, reforçando seu legado como um líder que transcendeu fronteiras religiosas.