No último verão, 5.000 jovens se reuniram no Wembley Arena em um evento organizado pela Youth With a Mission (YWAM), onde celebraram sua fé com música, dança e discursos inspiradores. Líderes carismáticos anunciaram o início de um “despertar espiritual”, com o objetivo de enviar milhares de missionários pelo mundo para converter pessoas de todas as nações ao cristianismo. A atmosfera era de euforia, mas por trás dos bastidores, relatos sugerem uma realidade diferente.
Ex-membros descrevem um ambiente de disciplina rígida, pressão psicológica e controle sobre suas vidas, incluindo rituais para “curar” pecados sexuais e práticas de humilhação pública. Essas alegações pintam um quadro contrastante com a imagem de liberdade e alegria propagada publicamente pelo grupo. A organização, que opera globalmente, promove um estilo de vida dedicado à evangelização, mas métodos internos têm levantado preocupações.
Embora a YWAM se apresente como um movimento de jovens comprometidos com a fé, as acusações de abuso emocional e manipulação questionam os limites entre o proselitismo religioso e a coerção. O caso reflete debates mais amplos sobre a ética em grupos missionários e a proteção de jovens vulneráveis em contextos de alta pressão espiritual. A organização ainda não se pronunciou detalhadamente sobre as denúncias.