A Associação Nacional dos Empregados Ativos e Aposentados do BRB (ANEABRB), maior acionista minoritário independente do banco, manifestou preocupação com a falta de transparência e exclusão dos minoritários na operação de aquisição do Banco Master e reestruturação do conglomerado. A entidade alega que, apesar de reiterados pedidos, não teve acesso a informações essenciais sobre a transação, que impacta diretamente a estrutura societária, financeira e regulatória do BRB. Além disso, destaca que a operação, cujo valor excederia 25% do patrimônio líquido, não foi submetida a assembleia de acionistas, como exigido por lei.
A ANEABRB critica a condução do processo, que foi encaminhado diretamente ao Banco Central sem consulta prévia aos sócios, criando um cenário de “fato consumado”. Essa abordagem, segundo a associação, prejudica direitos fundamentais, como o de recesso e o voto informado, além de violar princípios de boa governança e legalidade. A entidade reforça que a exclusão dos minoritários na deliberação afeta não apenas seus interesses, mas também a natureza jurídica do BRB como sociedade de economia mista.
O documento alerta para os potenciais riscos da operação, incluindo mudanças no controle acionário exercido pelo governo do Distrito Federal, no perfil de risco do banco e na capacidade de distribuição de dividendos. A associação pede maior transparência e respeito aos mecanismos legais, defendendo que decisões de tal magnitude devem envolver todos os acionistas de forma equânime e democrática.