O Ministério das Cidades publicou um decreto nesta quinta-feira (3.abr.2025) ampliando a faixa de renda do programa Minha Casa, Minha Vida para incluir famílias com renda mensal entre R$ 8.000 e R$ 12.000. A medida, anunciada durante o evento “O Brasil dando a volta por cima”, tem como objetivo atender à classe média, cuja renda per capita varia entre R$ 1.926 e R$ 8.303 mensais. A mudança foi viabilizada pelo Orçamento de 2025, que destinou R$ 18 bilhões adicionais ao programa, e contou com a assinatura de um decreto que regulamenta o Fundo Social do Pré-Sal como fonte de recursos para políticas habitacionais.
Com a inclusão da nova faixa, famílias poderão financiar imóveis de até R$ 500.000, com prazo de pagamento de até 420 meses e taxa de juros de 10,5% ao ano. A expectativa do governo é beneficiar 120 mil famílias ainda em 2025. Atualmente, a última faixa do programa atendia famílias com renda bruta entre R$ 4.400,01 e R$ 8.000, com juros de 8,16% ao ano. As demais faixas mantêm taxas variando de 4,5% a 7% ao ano, dependendo da renda familiar.
Desde a retomada do programa, mais de 1,2 milhão de unidades habitacionais foram contratadas, com meta de atingir 2 milhões até o fim de 2026. A expansão reflete a estratégia do governo de ampliar o acesso à moradia para diferentes segmentos da população, especialmente a classe média, que enfrenta desafios no mercado imobiliário.