Os ministros das finanças da União Europeia demonstraram interesse, neste sábado, na criação de um fundo de defesa conjunto para adquirir e gerir equipamentos militares. A proposta, elaborada pelo think tank Bruegel, sugere um mecanismo intergovernamental que permitiria a países da UE e aliados, como Reino Unido e Ucrânia, compartilhar custos e recursos. O fundo, chamado Mecanismo Europeu de Defesa (EDM), evitaria sobrecarregar as contas nacionais, pois a dívida ficaria centralizada em sua estrutura.
A discussão reflete a preocupação europeia em reduzir a dependência dos Estados Unidos para segurança, especialmente diante de possíveis ameaças da Rússia. Embora a maioria dos ministros, incluindo o representante da Polônia, Andrzej Domanski, tenha apoiado a ideia, nações como França, Alemanha e Bélgica defenderam uma análise prévia de instrumentos existentes, como o Banco Europeu de Investimento e o Fundo Europeu de Defesa, antes de avançar com novas iniciativas.
O plano ReArm Europe, que prevê aumentar gastos militares em 800 bilhões de euros nos próximos quatro anos, também foi mencionado como alternativa. A proposta inclui flexibilizar regras fiscais para investimentos em defesa e liberar empréstimos via orçamento da UE. O debate destaca a busca por soluções coletivas para fortalecer a segurança do bloco, sem descartar ferramentas já disponíveis.