O ministro da Previdência Social apresentou esclarecimentos ao Conselho Nacional de Previdência Social sobre a crise no INSS, destacando a complexidade da gestão do órgão. Ele mencionou que o instituto atende cerca de 40,6 milhões de beneficiários e recebe 1,4 milhão de novos pedidos mensais, mas opera com apenas metade do quadro de funcionários que tinha há 15 anos. O ministro enfatizou a necessidade de aguardar as conclusões das investigações da Polícia Federal, que apuram supostas irregularidades em acordos de descontos associativos.
Durante a reunião, foram destacadas as medidas adotadas para conter possíveis desvios, como a demissão de um diretor, a edição de uma nova norma para rigor nos descontos e a realização de uma auditoria interna. O ministro admitiu que a resposta do governo foi lenta, mas justificou a demora pela complexidade das ações e pela pressão envolvida. As investigações revelaram um esquema de fraudes com desvios estimados em R$ 6 bilhões, levando à suspensão de repasses a entidades associativas.
O cenário atual coloca o INSS sob intenso escrutínio, com discussões sobre a capacidade operacional do órgão e a eficácia das medidas de controle. Enquanto as investigações seguem, o ministro reforçou a importância de um trabalho cuidadoso, afirmando que “o INSS não é um botequim de esquina”. A situação também gerou repercussões políticas, com debates sobre a permanência do ministro e o posicionamento de seu partido na base governista.