Em entrevista, o ministro da Previdência admitiu estar ciente dos descontos irregulares no INSS, mas justificou a demora na adoção de medidas pela necessidade de reunir documentação e informações antes de agir. Entre as ações planejadas está a implementação da biometria, que ainda depende de ajustes no sistema. O ministro negou omissão e afirmou não haver desconforto em seu cargo, mesmo após a demissão do presidente do INSS, nomeado por ele, em resposta às fraudes.
A operação Sem Desconto, da Polícia Federal, foi determinante para impulsionar as investigações, com buscas em 13 estados e 34 municípios. A corporação ainda analisa os materiais apreendidos, enquanto o governo avalia novas medidas para conter os irregularidades. O ministro reiterou que, apesar de ciente das denúncias, era necessário aguardar provas concretas antes de tomar providências.
O caso ganhou repercussão após a divulgação de documentos que indicavam alertas prévios sobre as fraudes. Enquanto a PF prossegue com o inquérito, parlamentares discutem a criação de uma comissão para apurar o caso, embora haja resistência por parte de governistas. A situação expõe desafios na gestão de benefícios previdenciários e a pressão por respostas eficientes.