O ministro-decano do Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou comparações entre um de seus colegas na Corte e um ex-juiz envolvido em operações anteriores, destacando que não há motivos para afastamento. Durante participação na Brazil Conference, em Harvard, ele afirmou que o ministro em questão não age por interesse pessoal, ao contrário de situações passadas que envolveram aproximação política. O discurso também criticou operações judiciais anteriores, classificando-as como “organização criminosa”, e ressaltou que a mudança de posicionamento ao longo dos anos reflete um amadurecimento institucional.
O ministro abordou ainda a relação conturbada com um ex-presidente, citando um diálogo em que brincou sobre a saída de um ex-juiz do governo. A fala gerou risos na plateia, mas reforçou a ideia de que decisões judiciais devem ser técnicas, não políticas. Sobre as acusações de ativismo judicial, ele argumentou que o problema reside na má interpretação das competências do STF, não em supostos excessos. A comparação com a seleção brasileira de futebol foi usada de forma irônica para destacar a visibilidade da Corte.
Por fim, o ministro refletiu sobre a evolução do STF na última década, enfatizando a transição de uma postura individualista para uma atuação mais coletiva e integrada. Segundo ele, esse é um dos principais aprendizados do período, que fortaleceu o papel institucional da Corte. A fala encerrou com um tom de otimismo, sugerindo que o STF está mais alinhado com seus princípios constitucionais.