O ministro da Fazenda reafirmou o compromisso do governo com um ajuste fiscal de qualidade em comunicado enviado ao FMI, destacando os benefícios do novo arcabouço fiscal. Ele mencionou que as medidas adotadas permitiram direcionar recursos para áreas sociais prioritárias e garantir a sustentabilidade da dívida no longo prazo. Além disso, foram estabelecidas metas específicas para gastos sociais e uma nova regra para assegurar o equilíbrio fiscal, incluindo o alinhamento do salário mínimo e a revisão de subsídios considerados ineficientes.
Entretanto, o FMI projetou um aumento preocupante da relação entre dívida pública e PIB, que pode subir de 87,3% em 2024 para 92% em 2025, indicando um possível agravamento da situação fiscal. O mercado financeiro demonstra desconfiança, especialmente após o governo admitir riscos de colapso nas contas públicas em 2027 devido aos precatórios. A ministra do Planejamento alertou que a próxima equipe governamental precisará aprovar uma PEC para reduzir gastos, destacando a necessidade de ajustes menores para evitar desequilíbrios.
O cenário fiscal enfrenta desafios adicionais em um ano eleitoral, com dificuldades para implementar cortes orçamentários devido à falta de apoio no Congresso. Enquanto o governo insiste na eficácia do novo arcabouço, as projeções externas e a cautela do mercado sugerem incertezas sobre a trajetória da economia brasileira nos próximos anos.