O ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, afirmou que a redução do número de beneficiários com longa dependência do Bolsa Família depende da geração de empregos e de regras que permitam a transição para o mercado de trabalho sem a perda imediata do benefício. Em entrevista ao Poder360, ele destacou parcerias com o setor privado e o acesso ao microcrédito como medidas eficazes. Dados revelam que 7 milhões das 20,6 milhões de famílias inscritas no programa recebem o auxílio há pelo menos 10 anos, com maior concentração no Nordeste (38,8%).
O governo implementou mudanças para facilitar a reinserção no mercado de trabalho, como a “Regra de Proteção”, que permite aos beneficiários manter 50% do valor do benefício por até 24 meses caso sua renda aumente. Além disso, o programa Acredita já destinou R$ 3,1 bilhões em microcrédito a 200 mil cadastrados no Cadastro Único, com prioridade para grupos vulneráveis. O ministro também mencionou uma parceria com o Ministério da Saúde para identificar e tratar beneficiários viciados em apostas esportivas, prática que consumiu recursos de apenas 3,4% dos participantes em 2024.
Para combater fraudes, um novo sistema foi criado em março, capaz de cruzar 1,6 petabyte de dados, resultando no cancelamento de 4,1 milhões de cadastros irregulares. Além disso, famílias unipessoais agora precisam passar por entrevista domiciliar para acessar o Bolsa Família e o Auxílio Gás. Dias reforçou que o governo não tolera irregularidades, mas garante os direitos dos que realmente precisam do programa.