O ministro das Comunicações deixou o cargo nesta terça-feira (9) após a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentar uma denúncia contra ele por suposto desvio de emendas parlamentares. A denúncia, encaminhada ao Supremo Tribunal Federal (STF), alega que há evidências suficientes de envolvimento em um esquema de desvio de recursos públicos por meio de uma empresa estatal. O caso está sob relatoria de um ministro do STF, e a defesa já solicitou acesso aos detalhes da acusação.
As investigações da Polícia Federal indicam que o ex-ministro, durante seu mandato como deputado, teria direcionado verbas para um município administrado por um familiar. Além disso, há suspeitas de recebimento de propina por meio de empresas de fachada. A denúncia inclui crimes como fraude em licitações, lavagem de dinheiro e integração em organização criminosa, entre outros. O documento da PGR permanece em segredo de justiça, aguardando análise pelo STF.
A defesa do ex-ministro afirmou que ele é inocente e classificou as acusações como “factoides”, argumentando que a denúncia reflete um viés punitivista. Ressaltou ainda que as alegações não estão relacionadas ao seu cargo no governo. O caso agora segue para avaliação da Primeira Turma do STF, que decidirá se ele será formalmente processado. Enquanto isso, a União manifestou confiança no ex-titular da pasta, lembrando que uma denúncia não equivale a condenação.