O ministro da Fazenda afirmou que as medidas anunciadas pelo governo neste ano, como a isenção do imposto de renda para salários de até R$ 5 mil, o consignado privado e a liberação do saldo retido do FGTS, não foram pensadas para estimular a economia, mas sim para corrigir injustiças e cumprir promessas de campanha. Durante participação em fórum, ele destacou que o bloqueio do FGTS para demitidos que aderiram ao saque-aniversário era passível de contestação judicial, enquanto o consignado privado ajudaria a reduzir o endividamento em um cenário de juros altos.
Sobre a isenção do IR, o ministro explicou que a proposta é fiscalmente neutra, valendo apenas a partir do próximo ano, e beneficiará 15 milhões de brasileiros, custeada por uma parcela mínima da população que hoje não paga o tributo. Ele defendeu a medida como justa e alinhada com promessas feitas tanto pelo atual governo quanto pelo anterior. Além disso, ressaltou que o Executivo busca modernizar o crédito, tornando-o mais transparente e competitivo para investidores e consumidores.
Por fim, o ministro adiantou que o governo prepara novas ações para reduzir o custo do crédito, incluindo medidas para fortalecer fundos de financiamento habitacional. Ele reforçou que as reformas em andamento, tanto tributárias quanto de crédito, trarão benefícios para a economia, embora não tenham sido concebidas como estímulos diretos ao crescimento. As declarações reforçam a postura do governo de equilibrar ajustes fiscais com políticas sociais.