O ministro da Fazenda afirmou que sua atuação na vida pública está condicionada a propósitos sociais claros, destacando que não se envolveria em qualquer projeto político sem um objetivo definido. Durante entrevista, ele questionou retoricamente a finalidade de ocupar cargos públicos, enfatizando a necessidade de um projeto concreto. “Qual é o projeto? O que estamos fazendo aqui?”, exemplificou, reforçando que sua participação depende de alinhamento com suas convicções.
O ministro revelou que o convite para assumir a pasta foi feito pelo presidente da República durante um encontro no Egito. Na ocasião, ele expôs suas ideias para o cargo, como a busca por justiça social por meio da ampliação da isenção do imposto de renda. A aceitação da função, segundo ele, só ocorreu após garantir que suas propostas fossem acolhidas. “Deixa eu falar o que estou pensando. Se o senhor topar, aí eu aceito”, relatou.
A conversa entre ambos foi descrita como tranquila e direta, com o ministro destacando a importância do diálogo aberto. Ele mencionou, de forma leve, a possibilidade de um futuro desligamento, brincando sobre a ironia de um ex-candidato à Presidência ser ministro. O relato ilustra a dinâmica de confiança e transparência que pautou sua decisão de integrar o governo.