O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) enviou um ofício ao presidente da Câmara para se opor a um recurso do PL (Partido Liberal) que tenta suspender o processo contra um ex-presidente e outros sete réus por tentativa de golpe de Estado. O partido argumenta que um dos acusados, que atualmente exerce mandato parlamentar, não poderia ser julgado, o que anularia toda a ação. No entanto, o ministro afirmou que a possível suspensão só valeria para atos cometidos após a posse, não sendo aplicável ao caso em questão.
O pedido do PL baseia-se em uma emenda constitucional que permite a interrupção de ações penais contra congressistas em exercício. A oposição alega que, se aprovado, o recurso beneficiaria todos os réus, incluindo o ex-presidente. O ministro, porém, destacou que os crimes alegados ocorreram antes do mandato do parlamentar, mantendo a validade do processo.
O STF já aceitou por unanimidade a denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República) contra os oito acusados, que responderiam por crimes relacionados a uma suposta tentativa de impedir a posse do governo eleito em 2022. Entre os réus estão ex-integrantes de forças de segurança e do alto escalão do governo anterior. O caso continua em andamento, com o ministro reforçando a necessidade de que o processo siga seu curso normal.