O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) se manifestou contra a concessão de anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro, destacando a gravidade dos crimes cometidos. Durante a leitura de seu voto, que decidirá se seis denunciados do núcleo 2 da trama golpista se tornarão réus, ele questionou os argumentos de quem defende o perdão, comparando a situação a um ataque violento contra a ordem democrática. “Se na minha casa não admitiria violência para me tirar do comando, por que admitiria para o país?”, afirmou.
O ministro também rebateu críticas sobre seu papel nos processos, negando conflito de interesses. Ele esclareceu que as acusações não envolvem ataques pessoais, mas sim tentativas de destruir as instituições democráticas. Segundo ele, os crimes em questão incluem organização criminosa armada, tentativa de golpe de Estado e dano ao patrimônio público, todos com motivação política.
A decisão sobre os denunciados ainda está em análise, mas o ministro reforçou que atos contra a democracia devem ser punidos. “Quem tentou dar o golpe não ficará impune”, declarou, enfatizando a necessidade de responsabilização para preservar o Estado de Direito. O caso segue sob julgamento no STF, com repercussões para o futuro da justiça brasileira.