O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux tem sido destacado por sua atuação em julgamentos recentes, com advogados elogiando seu compromisso com a proporcionalidade das penas. Durante o julgamento de acusados por envolvimento nos eventos de 8 de janeiro, Fux expressou preocupação com a dosimetria das condenações, argumentando que algumas decisões foram tomadas sob “violenta emoção”. Um caso emblemático é o de uma mulher acusada de pichar uma estátua no STF, cuja pena de 14 anos foi questionada pelo ministro, adiando a decisão final para abril.
O advogado Ricardo Fernandes, que defende um ex-assessor ligado ao caso, ressaltou que Fux busca equilibrar a gravidade do crime com o dano causado e o risco social, em um esforço para restaurar a credibilidade do Judiciário. Fernandes destacou o perfil estudioso e experiente do ministro, que teria a sensibilidade necessária para evitar penas desproporcionais. A postura de Fux contrasta com a de outros membros da corte, que têm sido alvo de críticas por suposto rigor excessivo.
Enquanto isso, o ex-assessor em questão cumpre medidas cautelares, como uso de tornozeleira eletrônica e restrições de comunicação, mas enfrenta dificuldades para retomar sua carreira devido às limitações impostas. Sem poder trabalhar em sua área de atuação original, ele depende financeiramente da esposa e realiza apenas trabalhos esporádicos. O caso ilustra os desafios enfrentados por investigados em processos de alta repercussão, onde as restrições podem impactar significativamente a vida pessoal e profissional.