O ministro da Fazenda afirmou que o Brasil deve agir com prudência ao responder às novas tarifas impostas pelos Estados Unidos, evitando medidas precipitadas. Durante o 11º Brazil Investment Forum, ele destacou a importância de esperar o cenário se estabilizar antes de tomar decisões, ressaltando que o país precisa proteger seus interesses sem afetar relações comerciais com outros parceiros. O ministro também avaliou que a política tarifária norte-americana tem a China como principal alvo, mas afeta indiretamente outras economias, incluindo o Brasil.
Apesar dos impactos, o Brasil está em uma posição relativamente favorável devido a fatores como reservas cambiais sólidas, saldo comercial positivo e espaço para manobras na política monetária. O ministro observou que os produtos brasileiros, taxados em apenas 10%, podem se tornar mais competitivos no mercado americano em comparação com os de outros países. No entanto, ele reconheceu que os efeitos da guerra comercial sobre a China, principal parceiro do Brasil, trarão consequências indiretas para a economia nacional.
O ministro enfatizou que os problemas dos EUA não serão resolvidos com tarifas, já que a realocação de produção industrial demandaria tempo e investimentos. Ele reforçou a necessidade de o Brasil manter sua tradição de cautela em meio à tensão global, aproveitando sua estabilidade econômica para navegar pelo cenário internacional com mais flexibilidade do que outros países da região.