O presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou pessoalmente a saída do então ministro das Comunicações, que deixou o cargo após mais de dois anos à frente da pasta. A decisão foi comunicada por telefone e oficializada horas depois, em meio a crescentes pressões políticas. Segundo fontes do Planalto, o objetivo foi preservar o governo e permitir que o ex-ministro se dedique à sua defesa, após denúncia do Ministério Público ao Supremo Tribunal Federal por suposto desvio de verbas públicas.
A exoneração foi articulada em reunião com líderes partidários, incluindo a ministra das Relações Institucionais, e seguiu a linha adotada pelo governo de não manter integrantes do primeiro escalão sob acusação formal. O partido do ex-ministro deverá indicar um novo nome para a pasta, respeitando os acordos políticos estabelecidos. Em carta aberta, o ex-titular da pasta afirmou que a decisão foi difícil, mas necessária para proteger o projeto de governo, negando as acusações e destacando ações realizadas durante sua gestão.
Entre as iniciativas citadas estão a expansão da banda larga em escolas e a digitalização de serviços. A saída do ministro reforça a postura do governo em priorizar a estabilidade política diante de crises. O caso ocorre em um momento de tensão dentro da coalizão, com partidos buscando equilibrar apoio ao Executivo e interesses próprios.