O ministro da Fazenda afirmou que a proposta de reforma tributária do governo enfrenta resistência no Congresso devido a lobbies de grupos mais ricos. Ele destacou que isentar o Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5.000 mensais é uma medida de justiça social e que o governo busca equilibrar as contas públicas sem prejudicar os trabalhadores. Pela primeira vez, segundo ele, os mais ricos estão sendo cobrados para ajudar no ajuste fiscal, em vez de apenas a população de baixa renda.
O ministro criticou a falta de reajustes anteriores no salário-mínimo e na tabela do IR, mencionando que o Brasil, apesar de ser um dos países mais ricos, ainda sofre com alta desigualdade. Ele questionou a ausência de debates sobre a correção dessas distorções na mídia e entre economistas, defendendo que a reforma tributária sobre a renda é essencial para equilibrar as contas públicas de forma justa.
Durante a entrevista, o ministro usou um exemplo irônico para ilustrar a resistência à reforma: enquanto alguns reclamam de reduzir viagens à Europa, há pessoas passando necessidades básicas. Ele reforçou que o governo está priorizando o crescimento econômico e programas sociais, mas enfrenta pressão de setores com poder econômico e midiático para manter privilégios.