O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) afirmou que a relevância de um tribunal ou juiz não pode ser avaliada por pesquisas de opinião pública. Durante a posse de um novo desembargador no Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), ele destacou que o papel do Judiciário é tomar decisões justas e constitucionais, mesmo que desagradem setores da sociedade. “Um juiz preocupado em agradar a todos não agradará ninguém”, ressaltou.
O ministro reconheceu que o Judiciário frequentemente enfrenta críticas, muitas vezes injustas ou baseadas em incompreensões sobre seu trabalho. Dados de uma pesquisa recente mostraram que 52,6% da população avalia o STF de forma negativa, enquanto 26,8% têm uma visão positiva. Ele lembrou que decisões difíceis e impopulares são inevitáveis, especialmente quando envolvem figuras poderosas.
A declaração reforça a ideia de que a independência judicial deve prevalecer sobre pressões externas. O discurso ocorreu em um momento de debates sobre decisões polêmicas do STF, incluindo processos relacionados a eventos recentes no país. O ministro enfatizou que a legitimidade do tribunal deriva da Constituição, e não da aprovação popular.