O ministro da Fazenda criticou as novas tarifas comerciais anunciadas pelos Estados Unidos, afirmando que o Brasil buscará proteger a indústria nacional e os empregos. Em entrevista, ele classificou a mudança na política comercial norte-americana como abrupta e motivada por pressões internas, destacando que os efeitos da disputa entre EUA e China se espalham globalmente. O ministro reforçou que o Brasil manterá o diálogo para evitar prejuízos à economia, aproveitando sua posição privilegiada no comércio internacional e suas boas relações com grandes blocos econômicos.
O governo brasileiro está mobilizado para reagir, com o Itamaraty e o vice-presidente em contato permanente com autoridades norte-americanas. O ministro citou a recente aprovação da lei da reciprocidade pelo Congresso Nacional como uma sinalização clara ao governo dos EUA, reafirmando que o Brasil não aceitará ser tratado como “parceiro de segunda classe”. Apesar do cenário instável, ele descartou riscos de desaceleração econômica, citando reservas robustas e instrumentos para enfrentar turbulências externas.
Por fim, o ministro avaliou que a escalada protecionista dos EUA pode, paradoxalmente, acelerar o acordo comercial entre Mercosul e União Europeia. Ele expressou confiança de que a situação atual impulsionará negociações importantes para o Brasil e a região, mantendo uma postura defensiva sem fechar portas ao diálogo. A oscilação do dólar também foi mencionada, com críticas à falta de coerência na política econômica norte-americana.