O ministro da Previdência Social respondeu a denúncias sobre descontos não autorizados em aposentadorias, defendendo os servidores do INSS e admitindo que a adoção de medidas contra as irregularidades levou mais tempo do que o desejado. Ele destacou que a maioria dos envolvidos nas investigações pertence a associações, e não ao instituto, e ressaltou o trabalho de profissionais comprometidos. Apesar do conhecimento prévio das fraudes, o ministro atribuiu a demora aos trâmites burocráticos do governo, mas afirmou que ações foram tomadas, como a demissão de dirigentes e a edição de uma Instrução Normativa para coibir os abusos.
A operação da Polícia Federal investiga desvios de mais de R$ 6 bilhões entre 2019 e 2024, envolvendo cobranças indevidas de aposentados. O ministro explicou que, após alertas em 2023, solicitou investigações internas e substituiu responsáveis pela demora na apresentação de relatórios. Medidas recentes resultaram no cancelamento de 2,4 milhões de autorizações de desconto, com foco em dez associações responsáveis por 65% das irregularidades.
O ministro também abordou os desafios de controlar o assédio a beneficiários do INSS, como ofertas de empréstimos consignados, devido ao volume de processos e à complexidade do sistema. Ele reforçou que as cobranças futuras foram suspensas e que os valores descontados ilegalmente em abril serão devolvidos em maio, sem necessidade de ação dos segurados. Casos anteriores serão analisados individualmente, enquanto o governo busca fortalecer a fiscalização para evitar novos abusos.