O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes rejeitou comparações entre seu colega Alexandre de Moraes e um ex-juiz envolvido em casos anteriores, afirmando que não há motivos para afastamento. Durante participação na Brazil Conference em Harvard, ele destacou que Moraes atua como relator de processos consolidados e não há conflito de interesse. Mendes também criticou a conduta do ex-juiz, lembrando sua aproximação com um ex-presidente antes mesmo das eleições, o que, segundo ele, comprometeu a imparcialidade.
O ministro fez duras críticas à operação Lava Jato, classificando-a como uma “organização criminosa” e afirmando ter orgulho de contribuir para seu desmonte. Ele relembrou uma conversa com um ex-presidente, em que brincou sobre a nomeação e posterior remoção do ex-juiz como um “acerto”. Além disso, Mendes rebateu acusações de ativismo judicial, argumentando que as críticas partem de uma incompreensão das funções do STF.
Refletindo sobre a evolução do tribunal na última década, Mendes destacou que os ministros têm trabalhado de forma mais coletiva, abandonando pautas individualistas. Ele enfatizou que o aprendizado mais importante foi o de “protagonizar o tribunal” de maneira integrada. O debate ocorreu em um painel acadêmico, onde o ministro também abordou a necessidade de clareza sobre o papel da Corte no sistema jurídico brasileiro.