O ministro das Comunicações pediu demissão nesta terça-feira (8.abr.2025) após orientação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em carta aberta, o agora ex-ministro afirmou que a decisão foi tomada para proteger o projeto de governo e que contou com apoio incondicional do presidente durante sua gestão. A saída ocorreu após denúncia da Procuradoria-Geral da República, motivando o afastamento para evitar constrangimentos à administração federal.
Durante um almoço com a ministra das Relações Institucionais e líderes do União Brasil, ficou definido que a pasta permanecerá com o partido. O principal cotado para assumir o cargo é o atual líder da sigla na Câmara, um deputado em seu segundo mandato e vice-líder do governo. O possível sucessor tem perfil discreto, com poucas aparições em discursos no plenário, mas é visto como nome de confiança para a transição.
A mudança no Ministério das Comunicações marca a décima alteração no governo atual. Enquanto o ex-ministro se prepara para se defender das acusações, a escolha do substituto busca manter estabilidade política. O episódio reacende discussões sobre a relação entre denúncias e rotatividade em cargos públicos, sem prejuízo ao andamento das políticas prioritárias da administração.