O ministro das Comunicações anunciou sua demissão nesta terça-feira (8), após ser denunciado pela Procuradoria-Geral da República por suposto envolvimento em desvio de recursos de emendas parlamentares durante seu mandato como deputado federal. Em carta aberta, ele afirmou que a decisão visa dedicar-se à sua defesa, classificando as acusações como infundadas e expressando confiança nas instituições para esclarecer os fatos. O cargo já havia sido questionado anteriormente, após seu indiciamento pela Polícia Federal em junho do ano passado, mas a permanência foi mantida até agora.
Em sua carta, o ex-ministro destacou os avanços alcançados durante sua gestão, como a expansão da banda larga em escolas, a modernização da infraestrutura digital e a conexão de regiões remotas, incluindo a Amazônia. Ele agradeceu ao presidente e à sua equipe, reforçando seu compromisso com o projeto de inclusão digital e afirmando que deixa o cargo com “a cabeça erguida”. A defesa nega irregularidades, argumentando que sua atuação limitou-se a indicar emendas, sem interferência na execução das obras.
O ex-ministro retomará seu mandato como deputado federal, onde pretende continuar atuando em defesa de suas pautas. A saída do governo ocorre em um momento de intensa investigação, mas ele mantém a expectativa de que a justiça prevaleça. O caso segue sob análise do Supremo Tribunal Federal, enquanto a pasta das Comunicações aguarda a definição de um novo titular.