O ministro da Previdência Social está sob forte pressão para deixar o cargo após a revelação de um esquema bilionário de fraudes no INSS. Investigações apontam que o golpe, que durou entre 2019 e 2024, causou um prejuízo estimado em R$ 6,3 bilhões, com descontos indevidos em benefícios de aposentados e pensionistas. Cerca de 6 milhões de pessoas foram afetadas, e 97% dos entrevistados afirmaram não ter autorizado os descontos, que envolviam taxas associativas não regulamentadas.
O caso ganhou maior repercussão devido à nomeação, pelo ministério, de um ex-presidente do INSS que foi afastado após as investigações. A demora em agir diante de alertas sobre as irregularidades também levantou críticas, já que advertências foram feitas em 2023, mas medidas concretas só foram tomadas em 2024. Encontros com representantes de entidades sob investigação ainda aumentaram as suspeitas sobre possíveis conflitos de interesse.
A situação coloca o governo federal em um dilema, já que o ministro é ligado a um partido aliado do PT, e sua saída pode abalar a coalizão. Enquanto a pressão por sua demissão cresce, o governo busca alternativas para resolver a crise sem rupturas políticas. Até o momento, o ministro mantém resistência em deixar o cargo, e não se pronunciou sobre as acusações.