Assessores do governo avaliam que o ministro da Previdência adotou um tom mais duro contra as fraudes no INSS apenas após sofrer pressões políticas, quando deveria ter agido desde o início. A demora em se posicionar de forma contundente gerou desgaste tanto para sua imagem quanto para a do governo, especialmente após defender publicamente um ex-presidente do órgão envolvido em irregularidades. Agora, há preocupação de que a oposição aproveite o caso para criar uma CPI, o que poderia ampliar os danos políticos.
A equipe presidencial critica o ministro por não ter tomado medidas eficazes quando as denúncias surgiram, agindo apenas quando sua permanência no cargo começou a ser questionada. Líderes governistas alertam que o clima no Congresso é desfavorável, aumentando o risco de uma CPI do INSS, que já conta com apoio suficiente para ser protocolada. O presidente da Câmara, pressionado por decisões anteriores, pode ter dificuldade em evitar a investigação.
O caso revela tensões dentro do governo, com assessores defendendo que uma postura mais firme desde o início teria evitado o atual desgaste. Enquanto isso, a possibilidade de uma CPI ameaça trazer ainda mais exposição negativa, em um momento em que a oposição busca explorar falhas na gestão da Previdência. O governo agora tenta controlar os danos, mas a percepção de ação tardia dificulta a defesa.