O ministro do STF Alexandre de Moraes questionou publicamente o projeto de lei que propõe anistia para condenados pelos eventos de 8 de janeiro, comparando a invasão das sedes dos Três Poderes a um ataque violento a uma residência. Durante votação que tornou seis pessoas réus por tentativa de golpe, ele argumentou que a democracia não deve conceder perdão a atos que buscam subverter a ordem constitucional. A decisão foi unânime entre os ministros da 1ª Turma do STF, que aceitaram a denúncia da PGR sobre o envolvimento do grupo em ações para reverter os resultados eleitorais de 2022.
Text: Segundo a acusação, os investigados integraram um núcleo responsável por fornecer suporte jurídico e operacional aos atos golpistas, incluindo a elaboração de um plano para anular a eleição e até mesmo ataques contra autoridades. Entre as alegações, está a participação em operações para dificultar o voto de eleitores no segundo turno das eleições. O processo seguirá com a oitiva de testemunhas e novas etapas judiciais, enquanto outros grupos envolvidos no caso ainda aguardam julgamento.
Text: Enquanto isso, o líder do PL na Câmara protocolou pedido de urgência para votar o projeto de anistia, que, se aprovado, dispensaria a tramitação em comissões. A discussão ocorre em meio a um cenário de polarização, com o STF mantendo o foco na apuração de responsabilidades pelos eventos que abalaram as instituições democráticas. O desfecho do caso poderá influenciar debates sobre impunidade e justiça no país.