O ministro da Fazenda destacou a necessidade de prudência nas reações do Brasil às novas tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos. Durante o 11º Brazil Investment Forum, ele afirmou que o país deve agir com cautela, observando não apenas os efeitos diretos das medidas norte-americanas, mas também sua relação com outros parceiros comerciais. Segundo ele, o momento exige calma para que o governo possa se mover estrategicamente, protegendo a economia nacional de um cenário internacional tenso.
O ministro ressaltou que os Estados Unidos estão focados principalmente na China como rival comercial, mas criticou a eficácia das tarifas como solução para os problemas econômicos norte-americanos. Ele argumentou que a produção local não substituirá imediatamente as importações chinesas, exigindo tempo e estímulos econômicos. Além disso, destacou que o Brasil está em uma posição relativamente favorável, com reservas cambiais sólidas, saldo comercial positivo e espaço para manobras na política monetária, caso necessário.
Apesar da resiliência da economia brasileira, o ministro reconheceu que as tarifas contra a China afetam indiretamente o Brasil, já que o país asiático é seu principal parceiro comercial. Ele comparou a situação a um “incêndio global”, no qual o Brasil estaria mais próximo da “porta de saída” do que outros países da América Latina. No entanto, reforçou a importância de monitorar os desdobramentos antes de tomar medidas definitivas, visando minimizar os impactos negativos.