A ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo, visitou o deputado federal Glauber Braga, que está em greve de fome no Plenário 5 da Câmara desde 9 de abril. O protesto é contra o processo de cassação de seu mandato, iniciado após um incidente envolvendo um ativista em 2024. Acompanhada por sua chefe de gabinete e pela esposa do deputado, a reunião foi reservada, sem declarações posteriores. Macaé é a quinta ministra a visitar Braga, que recebeu apoio de membros do governo durante o protesto.
O deputado afirmou estar “mais abalado” após cinco dias sem comer, mas segue recebendo atendimento médico duas vezes ao dia, mantendo seu peso estável. Em nota, sua equipe informou que ele consumiu água e isotônico, além de dormir em um colchão no plenário, isolado por mesas. Braga evitou falar com a imprensa, mas em redes sociais declarou que sua greve é uma denúncia contra “perseguição política” e o “orçamento secreto”, defendendo “dignidade” e resistência ao “poder do dinheiro”.
O processo de cassação foi aprovado pelo Conselho de Ética da Câmara por 13 votos a 5, mas ainda depende de análise pelo CCJ e possível votação no plenário, onde precisaria de 257 votos para ser confirmado. Braga alega que o parecer favorável à cassação é resultado de negociação política, enquanto críticos apontam o incidente com o ativista como justificativa. O caso continua em aberto, com o deputado prometendo manter a greve até uma decisão final.
