A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima destacou a necessidade de um planejamento urgente para substituir combustíveis fósseis por fontes renováveis, alertando que a falta de ação trará consequências graves, como extremos climáticos e desemprego. Durante o simpósio em Brasília, ela lembrou os compromissos assumidos na ECO 92 e enfatizou a importância do cumprimento das metas do Acordo de Paris até a COP30, que será sediada no Brasil. “Não é festa, é luta”, afirmou, referindo-se ao momento crítico que o mundo enfrenta, com ameaças ao multilateralismo e à colaboração global.
A ministra também ressaltou que o planeta já atingiu 1,5°C acima dos níveis pré-industriais, exigindo sobriedade nas negociações climáticas. Ela criticou a separação artificial entre clima e natureza, consequência da ação humana, e defendeu uma transição justa e gradual para evitar impactos sociais e ambientais. Paralelamente, a ministra dos Povos Indígenas destacou o papel crucial dos conhecimentos tradicionais nas soluções climáticas, citando a Amazônia como exemplo de biodiversidade preservada graças às práticas indígenas.
O evento reforçou a importância de incluir os povos originários nas decisões globais sobre o clima, reconhecendo seu protagonismo na manutenção dos ecossistemas. A sinergia entre indígenas e natureza foi apontada como chave para enfrentar a crise climática, com a COP30 sendo vista como uma oportunidade para avançar nessa agenda. A mensagem final foi clara: o planejamento e a colaboração são essenciais para evitar um futuro de catástrofes ambientais e sociais.