A ministra das Relações Institucionais afirmou que o apoio de deputados da base governista ao projeto de anistia para envolvidos nos atos de 8 de janeiro representa uma “profunda contradição” e uma afronta ao Judiciário e à democracia. Ela negou que o governo esteja retaliando, mas destacou a gravidade política e institucional de apoiar a proposta, que, segundo ela, visa garantir impunidade a figuras ligadas a tentativas de desestabilização. A declaração ocorreu após o pedido de urgência para o projeto, que conta com assinaturas de partidos do Centrão, aliados do governo.
O presidente da Câmara ressaltou a importância de discutir pautas com o Colégio de Líderes, em um contexto em que o projeto de anistia gera tensão entre o Executivo e o Judiciário. Embora não tenha citado diretamente a proposta, aliados do parlamentar defendem que a negociação sobre o tema seja conduzida pelo Planalto e pelo STF, transferindo a pressão do Legislativo. Atualmente, mais de mil pedidos de urgência aguardam votação, e a busca por uma solução negociada segue em discussão.
A ministra também se corrigiu após declarações anteriores sobre a possibilidade de mediação de penas, esclarecendo que revisões cabem ao Judiciário, não ao Congresso. O impasse reflete os desafios institucionais em torno do tema, com divergências dentro da base governista e preocupações sobre os impactos do projeto na estabilidade democrática. A reportagem segue em atualização.