Autoridades britânicas continuam afirmando que o governo dos Estados Unidos sob Donald Trump pode ser um aliado, mas essa ideia é considerada uma ilusão e uma mentira. O termo “aliança” pressupõe objetivos comuns, divisão de responsabilidades e confiança — elementos ausentes na relação com a Casa Branca nesse contexto. A visão distorcida de reciprocidade do líder americano, que enxerga comércio internacional como uma forma de pilhagem quando há mais exportações para os EUA do que importações, exemplifica a desconexão entre as partes.
O conceito de tarifas recíprocas, aplicadas como punição a países com superávit comercial, revela uma abordagem agressiva e unilateral. Essa postura dificulta qualquer cooperação genuína, transformando a relação em uma disputa econômica em vez de uma parceria estratégica. A insistência em manter a narrativa de amizade ignora a realidade dos fatos e os princípios que tradicionalmente regem as alianças internacionais.
O artigo, escrito por um colunista do The Guardian, alerta para os riscos de alimentar essa ilusão. A relação entre o Reino Unido e os EUA, nesse cenário, não deve ser confundida com uma aliança verdadeira, mas sim entendida como uma dinâmica complexa e muitas vezes conflituosa. A falta de transparência sobre essa realidade pode levar a decisões políticas equivocadas, com consequências duradouras para ambos os lados.