O Ministério Público de São Paulo abriu um inquérito para investigar a implantação de escolas cívico-militares em Sorocaba. A promotoria recomendou que o modelo não seja adotado, argumentando que ele reforça estigmas em comunidades vulneráveis e viola princípios de igualdade. O documento também destacou que a presença de militares nas escolas pode descaracterizar o ambiente educacional, afetando seu caráter democrático e plural.
Duas escolas em Sorocaba foram selecionadas para o programa cívico-militar: a Escola Estadual Professor Jorge Madureira e a Escola Estadual Professor Lauro Sanchez. A Secretaria da Educação do Estado (Seduc-SP) afirmou que o processo foi transparente, com consultas públicas envolvendo pais, alunos e professores. No total, 100 escolas em São Paulo adotarão o modelo, beneficiando cerca de 50 mil estudantes.
O programa segue o Currículo Paulista, e a Seduc-SP será responsável pela seleção de monitores, com apoio da Secretaria de Segurança Pública. A Diretoria de Ensino de Sorocaba informou que prestará esclarecimentos sobre o caso. Outras cidades da região, como Jundiaí, Piedade e Votorantim, também terão escolas incluídas no projeto.