O Ministério da Saúde anunciou que solicitará a incorporação da vacina contra chikungunya no SUS (Sistema Único de Saúde), após o imunizante ter seu registro aprovado pela Anvisa na segunda-feira (14.abr.2025). Desenvolvida em parceria entre o Instituto Butantan e a farmacêutica Valneva, a vacina será avaliada pela Conitec para definir as medidas necessárias para sua oferta na rede pública. Caso aprovada e com capacidade produtiva, a expectativa é que seja incluída no Programa Nacional de Imunizações, representando um avanço no combate a arboviroses.
A chikungunya, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, causa febre alta e dores articulares intensas, podendo evoluir para quadros crônicos. Desde sua introdução no Brasil em 2014, a doença se espalhou por todos os estados, com 68.100 casos e 56 mortes registrados até abril de 2025. A vacina, já validada por agências internacionais como FDA e EMA, é indicada para adultos com alto risco de exposição ao vírus, sendo contraindicada para gestantes e imunossuprimidos.
Produzida inicialmente na Alemanha pela IDT Biologika GmbH, a vacina de dose única utiliza tecnologia recombinante atenuada. O plano inclui a transferência de tecnologia para fabricação no Brasil pelo Instituto Butantan, fortalecendo a capacidade nacional de produção. A medida visa ampliar o acesso à prevenção contra uma doença que tem impactado significativamente a saúde pública no país.