O Ministério da Saúde anunciou que solicitará a incorporação da vacina contra chikungunya no Sistema Único de Saúde (SUS). O imunizante, desenvolvido em parceria entre o Instituto Butantan e a farmacêutica Valneva, teve seu registro aprovado pela Anvisa nesta semana. O pedido será analisado pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), que avaliará a viabilidade de incluir a vacina no Programa Nacional de Imunizações.
A vacina, de dose única e indicada para adultos a partir de 18 anos, representa um avanço no combate às arboviroses, doenças transmitidas por mosquitos como o Aedes aegypti. A chikungunya, que chegou ao Brasil em 2014, já registrou mais de 68 mil casos e 56 mortes este ano, com surtos em vários estados. O imunizante já havia recebido aval de agências internacionais, como a FDA e a Agência Europeia de Medicamentos.
Inicialmente, a produção será feita na Alemanha, com planos de transferência de tecnologia para o Instituto Butantan no futuro. A vacina não é recomendada para gestantes e pessoas com imunossupressão. A expectativa é que, após a aprovação da Conitec e com capacidade produtiva estabelecida, o imunizante seja disponibilizado gratuitamente pelo SUS, reforçando a prevenção contra a doença.