O Ministério da Saúde encaminhou à Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) uma solicitação para avaliar a inclusão da vacina contra o herpes-zóster no Sistema Único de Saúde. A pasta aguarda um parecer técnico para definir a incorporação da dose à rede pública, processo que envolve análise de demanda, viabilidade e pactuação entre União, estados e municípios. O ministro destacou que a vacina é uma prioridade, pois, apesar de sua eficácia, o acesso ainda é limitado para a população.
O herpes-zóster, causado pelo vírus varicela-zoster, manifesta-se principalmente em adultos ou pessoas com imunidade comprometida, podendo levar a complicações graves. Entre os sintomas estão dores nevrálgicas, febre e mal-estar, enquanto as complicações incluem desde infecções bacterianas secundárias até condições neurológicas persistentes, como a nevralgia pós-herpética. A doença também pode afetar gestantes e crianças, embora seja mais raro.
A incorporação da vacina no SUS permitiria campanhas de imunização em larga escala, beneficiando grupos de risco. Enquanto aguarda a decisão da Conitec, o ministério reforça a importância da prevenção, já que o vírus permanece latente no organismo após a catapora e pode se reativar anos depois. A medida visa ampliar o acesso a uma proteção já disponível na rede privada, mas ainda pouco acessível à maioria da população.